O superávit comercial da China atingiu US$ 16,88 bilhões em setembro, um resultado inferior aos US$ 20,03 bilhões de agosto, segundo dados divulgados hoje pelo governo. O resultado está ligado à desaceleração do crescimento das exportações. Este é o menor nível em cinco meses e ficou abaixo das estimativas dos economistas, que esperavam superávit de US$ 18,5 bilhões.
As exportações do país cresceram 25,1% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, menos que a expansão de 34,4% registrada em agosto. Já as importações subiram 24,1%, abaixo do crescimento de 35,5% de agosto. Os economistas esperavam que as exportações aumentassem 26,0% e as importações subissem 25,0%.
Embora tenham crescido menos em relação a setembro de 2009, as exportações subiram 4,1% em relação a agosto, para US$ 144,99 bilhões, enquanto as importações foram 7,4% maiores, atingindo o recorde de US$ 128,11 bilhões.
O dado trimestral mostrou que o superávit comercial da China nos três meses encerrados em setembro totalizou US$ 65,64 bilhões. Este é o maior superávit trimestral desde o começo da crise financeira, no quarto trimestre de 2008.
Reservas
As reservas em moedas estrangeiras da China subiram para US$ 2,648 trilhões nos três meses encerrados em setembro, com um aumento recorde que destaca a extensão da intervenção do país nos mercados de câmbio, em um momento de crescimento das tensões sobre as taxas cambiais.
As reservas, que já são de longe as maiores do mundo, tiveram expansão de US$ 194,03 bilhões no terceiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados hoje pelo Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país). Este é o maior avanço trimestral já registrado. Economistas disseram que o aumento foi puxado tanto pelo crescimento do superávit comercial da China quanto pela recente queda do dólar, que aumenta o valor das reservas chinesas em outras moedas. As informações são da Dow Jones.