Reguladores da China anunciaram nesta sexta-feira que pretendem implementar novas restrições à capacidade dos bancos de fazer empréstimos de alto risco disfarçados de investimento, uma atividade inventiva que ficou conhecida por sistema bancário paralelo (shadow banking) amplificou os riscos ao sistema financeiro local.

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As novas regras, se concretizadas, podem significar a maior mudança sobre o segmento em cinco anos. Segundo o rascunho do projeto, áreas como a compra e venda de inúmeros tipos de produtos agrupados sobre o guarda-chuva de “wealth management”, ou gestão de patrimônio, podem ser colocados sobre escrutínio das autoridades.

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Apesar de a linguagem utilizada ser bastante mais dura em relação à orientação publicada em 2011, ela ainda é genérica o suficiente para dar aos bancos margem para interpretação dos requerimentos.

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Nos últimos anos, reguladores tentam enquadrar os investimentos fora do balanço, impondo medidas como limites sobre quem pode comprar esse tipo de produto. No entanto, os credores chineses sempre conseguiram se manter um passo à frente das autoridades, criando novos produtos e formas de contornar as regras.

Ao mesmo tempo, as regras atualmente existentes não têm sido aplicadas uniformemente. Algumas instituições, por exemplo, mantiveram um capital provisionado para lidar com empréstimos inadimplentes abaixo dos 150% impostos pela regulação.

O rascunho de onze páginas divulgado pelo governo chinês tenta enquadrar diferentes tipos de produtos do shadow banking, um mercado estimado em 58 trilhões (US$ 8,4 bilhões), ou quase 80% do Produto Interno Bruto (PIB). Os bancos receberam um mês para avaliar o documento. Fonte: Dow Jones Newswires.