economia

China promete salvaguardar interesses, caso EUA limitem compra de aço e alumínio

Pequim, 17 (AE) – A China reagiu neste sábado, um dia após o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que avalia a imposição de tarifas sobre aço e alumínio. Essas medidas, caso confirmadas, afetariam exportadores chineses e poderiam levar a uma guerra comercial.

Em comunicado divulgado online neste sábado, uma autoridade do Ministério do Comércio chinês afirmou que Pequim iria “tomar as medidas necessárias para salvaguardar seus direitos legítimos”, caso os EUA levem adiante medidas que prejudiquem os interesses chineses.

O Departamento do Comércio dos EUA divulgou na sexta-feira detalhes sobre opções apresentadas ao presidente para proteger a indústria americana da concorrência estrangeira. As recomendações, em parte motivadas por preocupações com a China, incluem uma combinação variada de cotas e tarifas, voltadas para impulsionar a produção dos EUA de alumínio e aço.

Diretor do escritório de investigação do Ministério do Comércio, Wang Hejun afirmou que o uso do governo Trump da segurança nacional como uma justificativa para novos limites era muito abrangente e poderia “facilmente levar a abuso”. “Caso os países sigam o exemplo dos EUA, isso poderia ter um sério impacto sobre a ordem do comércio internacional”, advertiu.

Wang disse que a China pediu Washington seja comedido e cumpra as regras do comércio multilateral. Ele acrescentou que os EUA não devem ter uma abordagem de “prejudicar o vizinho”, linguagem usada por Pequim geralmente para descrever medidas que beneficiam um país às custas de outro.

A China foi o quarto maior fornecedor de alumínio para os EUA nos primeiros dez meses de 2017, representando cerca de 9,5% de todas as importações americanas, segundo dados da sexta-feira do Departamento do Comércio. É também o 11º maior fornecedor de aço ao país no mesmo período, com 2,2% das importações americanas do metal.

A China não é uma fonte importante de aço para os EUA, mas o governo Trump argumenta que o excesso de capacidade global chinês inunda os mercados de aço e alumínio e as exportações chinesas enfrentam punições por geralmente usarem países como intermediários para depois chegar ao mercado americano. A China produziu no ano passado a metade do aço mundial e 54% do alumínio, segundo dados dos EUA. Fonte: Dow Jones Newswires.

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