A China vai anunciar uma encomenda de aeronaves da Embraer na visita que a presidente Dilma Rousseff fará ao país a partir de segunda-feira. Apesar da decisão, as negociações continuam para definir o tamanho da encomenda.

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Depois de muitas queixas do Brasil, a China concordou em fazer um aceno positivo, na tentativa de mostrar disposição em abrir seu mercado. Mesmo assim, houve muitas idas e vindas nas conversas. O que está em negociação com a China é a encomenda de 50 aviões do jato de médio porte EMB-190, com 114 lugares, além de mais 25 do modelo ERJ-145, com 50 lugares.

Na semana passada, no entanto, os chineses indicaram que ainda estavam fazendo cálculos e poderiam reduzir o tamanho do pedido pela metade, por causa da crise. A possibilidade de corte no pedido deixou Dilma muito contrariada.

A novela dos jatos da Embraer se arrasta desde o governo Lula, quando a planta industrial brasileira foi montada na China para fabricação do ERJ-145. Mais recentemente, passou a se cogitar a possibilidade de produzir outros modelos. O principal problema da Embraer na China é a questão das licenças de importação, que condiciona a aprovação de qualquer venda da empresa à aprovação do governo.

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A negociação para a compra de 50 aviões EMB-190 esteve na pauta da viagem do ex-presidente Lula à China, em 2009, mas foi suspensa porque a compradora, a Kunpeng Airlines, passa por um processo de reestruturação interna, iniciado depois do acidente com um avião da Embraer no ano passado.

Durante a viagem de seis dias à China, Dilma vai assinar cerca de 20 acordos em diferentes áreas. Há memorandos de entendimento nas áreas de defesa, agricultura e educação, entre outras. Mas também há acordos entre empresas para obras de infraestrutura e desenvolvimento de novas tecnologias. Até a tecnologia do bambu ganhou um memorando de entendimento para pesquisar a cadeia de produção e as diferentes aplicações do produto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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