China elabora medidas para conter inflação, diz premiê

O Conselho de Estado da China está elaborando medidas para conter os rápidos aumentos dos preços no país, de acordo com um comunicado do governo, citando o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao. “A oferta de mercado e os preços ao consumidor estão ligados aos interesses das pessoas e merecem atenção especial”, afirmou Jiabao, durante visita a um supermercado em Guangzhou, na província de Guandong. O comunicado não revela, no entanto, quais medidas específicas estão sendo consideradas.

Os comentários do primeiro-ministro confirmam uma reportagem do jornal China Securities dando conta que fontes não identificadas disseram que o governo chinês poderá anunciar medidas no curto prazo para conter o aumento das pressões inflacionárias. Os movimentos propostos podem incluir medidas administrativas para limitar os aumentos dos preços ao consumidor e políticas punitivas em meio à especulação nos produtos agrícolas, segundo o jornal.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China aumentou 4,4% em outubro, em comparação com o mesmo período do ano passado, o nível mais alto em dois anos. O salto no índice foi puxado por uma alta de 10,1% nos preços dos alimentos. Os preços das hortaliças nas maiores cidades chinesas aumentaram mais de 60% em novembro, em relação a igual período de 2009, com o gengibre e o alho registrando as maiores elevações, segundo o MarketWatch, citando dados do governo chinês.

Uma pesquisa de preços do Ministério do Comércio para 18 vegetais em 36 cidades do país durante as primeiras semanas de novembro apontou uma alta de 62,4%, em bases anuais, informou a agência de notícias Xinhua. O Ministério do Comércio afirmou que entre as causas do aumento dos preços dos vegetais estão as condições ruins de cultivo e as inundações de verão, além dos custos mais altos de pesticidas, mão de obra, transporte e petróleo. A especulação também foi citada como um dos fatores que impulsionaram os preços no atacado para o alho e para o gengibre, que subiram 96% e 90%, respectivamente. As informações são da Dow Jones.

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