A China e o Paquistão concluíram mais um total de US$ 10 bilhões em acordos neste sábado durante visita do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao. Wen afirmou que a China “nunca vai desistir” do problemático país muçulmano que detém armas nucleares. Líderes de negócios formalizaram um documento – que se somará aos US$ 20 bilhões em acordos assinados ontem – no hotel Marriott, em Islamabad, onde um grande ataque suicida deixou 60 mortos em 2008.

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Aumentar o comércio e o investimento com o empobrecido Paquistão tem sido o principal foco da primeira visita de um premiê chinês ao país em cinco anos. O Paquistão, que é a linha de frente na luta dos EUA contra a Al-Qaeda, considera a China seu aliado mais próximo e acredita que os acordos são muito importantes para uma economia que recebe poucos investimentos do Ocidente e que sofreu com inundações catastróficas neste ano.

Wen e o líder paquistanês, Yousuf Raza Gilani, presidiram uma reunião em que executivos assinaram 22 contratos e 17 memorandos de entendimento, como informou a rede de televisão estatal. Segundo uma lista fornecida para a imprensa, o maior acordo vale US$ 6,5 bilhões e tem como objetivo desenvolver energia solar e eólica.

O Paquistão enfrenta uma crise de energia e produz apenas 80% da eletricidade que precisa. Embora não tenha sido mencionado, esperava-se que a China fechasse um acordo para construir uma usina de energia nuclear de 1 gigawatt no Paquistão, que pretende produzir 8 mil megawatts de eletricidade até 2025.

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“Sob nenhuma circunstância nós desistiremos do nosso compromisso de prosseguir com essa parceria”, disse Wen. Antes de chegar a Islamabad, o premiê chinês visitou a Índia, onde sua delegação assinou acordos que almejam dobrar o comércio entre os dois países para US$ 100 bilhões até 2015. As informações são da Dow Jones.