China e EUA manterão cooperação para superar a crise

O secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, disse que os EUA e a China concordaram sobre um plano para dar apoio a uma economia global mais equilibrada. “Reconhecendo que a cooperação entre a China e os EUA permanecerá vital não apenas para o bem estar de nossas duas nações, mas também para a saúde da economia global, concordamos em nos comprometer com políticas que produzam crescimento global equilibrado e sustentável quando a recuperação econômica estiver firmemente no lugar”, disse Geithner no encerramento do Diálogo Estratégico e Econômico EUA-China, em Washington.

Os dois países traçaram um plano de quatro pontos para lidar com os desequilíbrios globais que atinge o núcleo do relacionamento bilateral. O ponto central para a proposta é que os EUA continuem a trabalhar para reduzir o déficit em conta corrente e eleve a taxa de poupança, com a China dando suporte ao consumo e se afastando do crescimento liderado pela exportação. “O presidente (Barack) Obama se comprometeu a reduzir o déficit federal para níveis sustentáveis quando a recuperação estiver firmemente estabelecida”, disse Geithner.

Além disso, as duas partes concordaram em reformar seus sistemas financeiros, manter o aberto e o investimento abertos e assegurar que a China tem mais a dizer nos fóruns internacionais como o FMI. Contudo, ambos os lados concordaram que é muito cedo para começar a colocar em prática estratégias de saída das medidas de combate à crise, disse. “Em consequência de uma severa crise financeira global, concordamos que é essencialmente importante para a China e os EUA ver através de seu compromisso para corrigir o sistema financeiro e lançar a base para a recuperação”, disse Geithner.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que na primeira consulta de alto nível entre a administração Obama e a China, “lançamos a base para um relacionamento positivo, cooperativo e abrangente para o século 21”. Embora as consultas tivessem como foco interesses comuns, onde houve discordâncias – tais como sobre direitos humanos – as discussões foram “cândidas e respeitosas”, disse Hillary.

O vice-primeiro-ministro da China, Wang Qishan, disse que estimular o crescimento econômico continua sendo a principal tarefa da cooperação EUA-China. Wang disse que ambos os lados precisam fortalecer a coordenação sobre as políticas macroeconômicas e estabilizar os mercados financeiros em um esforço para que as economias se recuperem e elevem o número de empregos. “Os dois lados reconhecem que neste momento crítico, quando a economia global está se movendo para fora da crise e em direção à recuperação, estimular o crescimento econômico permanece sendo a principal prioridade da cooperação China-EUA”, disse Wang.

O vice-primeiro-ministro da China não falou sobre as preocupações do seu país com relação ao dólar na declaração, nem expressou preocupação pública sobre o déficit fiscal dos EUA, um tom que permeou os dois dias de encontros do Diálogo. Wang disse que Washington se comprometeu a monitorar atentamente as implicações das políticas monetária sobre as economias dos EUA e de outros países. Ele também disse que ambos os lados vão adotar medidas para melhora a cooperação econômica e o comércio e os EUA prometeram reconhecer o status da China como economia de mercado de uma maneira rápida. Os EUA também prometeram facilitar a exportação de alta tecnologia para a China, disse Wang. As informações são da Dow Jones.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo