A China, maior credor estrangeiro dos EUA, tem “todo o direito agora” de exigir que os EUA lidem com o problema da dívida, na sequência da decisão da Standard & Poor’s de rebaixar o rating soberano norte-americano de longo prazo pela primeira vez em 70 anos, afirmou neste sábado a agência estatal chinesa Xinhua.

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A Xinhua disse que, embora as chances de um default dos EUA sejam pequenas, a rebaixamento da S&P serve como mais um alerta sobre a sustentabilidade de longo prazo das finanças do governo dos EUA.

Em um texto opinativo mordaz, a agência de notícias instou a sociedade internacional para melhorar a supervisão sobre o dólar norte-americano e afirmou que o mundo pode precisar “de uma nova, estável e segura moeda de reserva global a fim de evitar uma catástrofe causada por um único país.”

“A China, o maior credor da única superpotência do mundo, tem todo o direito agora de demandar dos EUA que enfrentem os problemas estruturais da dívida e garantam a segurança dos ativos chineses em dólar”, disse a Xinhua.

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Os comentários foram feitos após a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixar, pela primeira vez na história, a nota dos papéis da dívida dos EUA, de AAA para A+, citando preocupações com o crescente fardo da dívida federal de longo prazo. A S&P advertiu que pode haver novo rebaixamento do rating nos próximos dois anos.

A China, que possui mais de US$ 1 trilhão investidos em títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries), está entre os países que seriam mais imediatamente afetados por qualquer calote ou rebaixamento dos EUA.

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“Para curar esse vício das dívidas, os Estados Unidos devem restabelecer o princípio do bom senso e viver dentro de suas possibilidades”, afirma a Xinhua, acrescentando que os EUA “também deveriam interromper sua velha prática de deixar a política interna eleitoral tornar a economia mundial refém e contar com os bolsos profundos dos países superavitários para compensar seus déficits perenes”. As informações são da Dow Jones.