O forte desempenho macroeconômico da China segue sendo um importante fator de força para os ratings do país, mas a continuidade de políticas que têm como prioridade metas de crescimento no curto prazo está se tornando um risco significativo para a estabilidade macroeconômica no médio prazo, segundo avaliação da Fitch.

continua após a publicidade

O Produto Interno Bruto (PIB) chinês teve ligeira aceleração no quarto trimestre, com expansão anual de 6,8%, confirmando que medidas de estímulo adotadas por Pequim conseguiram manter o crescimento dentro da meta oficial de 2016, que era de 6,5% a 7%, nota a agência de classificação de risco.

continua após a publicidade

De acordo com a Fitch, a expansão fiscal e estímulos fornecidos por meio de estatais foram fundamentais para estabilizar o crescimento em 2016 e a economia chinesa também foi sustentada por uma política monetária acomodatícia e pelo relaxamento de regras para compras de moradias no início do ano passado.

continua após a publicidade

Na visão da Fitch, o forte endividamento da China, porém, deverá levar a uma desaceleração significativa do crescimento até o fim da década, embora seja improvável que o país viva uma crise financeira.

Pressupondo novos avanços na dívida chinesa, a Fitch prevê que o PIB do gigante asiático expandirá 6,4% este ano e 5,7% em 2018.

Em todo o ano de 2016, o PIB chinês cresceu 6,7%, apresentando seu pior desempenho desde 1990.

A Fitch também acredita que a tendência de saídas de capital da China continuará pressionando sua moeda, o yuan, assim como suas reservas internacionais em 2017, mas não deverá ocorrer em ritmo que gere riscos sistêmicos.

Em novembro, a Fitch reiterou o rating A+ da China, com perspectiva estável. Com informações da Dow Jones Newswires.