Pequim
– O governo chinês anunciou ontem a aprovação dos planos da fabricante brasileira de jatos regionais Embraer e da estatal chinesa AVIC II para a produção no país de aeronaves para 50 passageiros. O negócio pode acelerar as vendas da Embraer em um dos mais aquecidos mercados de aviação. A luz verde do Conselho de Estado da China permite às companhias formarem uma joint venture, mas elas ainda terão de trabalhar no detalhamento dos investimentos e da fabricação dos aparelhos, afirmou um representante da AVIC II. “Conseguimos aprovação para começar o projeto”, disse o representante que pediu para não ser identificado. “Ainda precisamos conduzir estudos sobre o projeto e trabalhar em muitas outras questões.” Enquanto a maior parte da indústria de aviação mundial sofreu as consequências dos ataques de 11 de setembro, o setor aéreo da China cresceu.O número de passageiros em companhias chinesas aumentou 11 por cento no final de agosto em relação ao registrado um ano atrás, afirmou o jornal China Daily, citando autoridades de aviação civil. Nos primeiros seis meses do ano, houve uma queda de 9 por cento no número de passageiros na América do Norte e de 12 por cento na Europa, afirmou o jornal, o primeiro a divulgar a notícia sobre a aprovação dos planos da Embraer. Representantes da indústria de aviação da China estimam que as companhias aéreas locais possam precisar de até 500 aviões regionais durante os próximos 20 anos.
A joint venture para a produção da aeronave ERJ-145 ficará alocada na unidade Harbin Aircraft Industry da AVIC II, localizada na província de Heilongjiang, afirmou o representante da estatal. “Esperamos que a produção comece dentro de dois a três anos”, afirmou.
