A China alertou os EUA a protegerem os interesses dos investidores enquanto os legisladores norte-americanos discutem sobre como reduzir o déficit do país e evitar uma moratória devastadora. “Nós esperamos que o governo dos EUA tome medidas responsáveis para aumentar a confiança dos mercados financeiros internacionais, respeitar e proteger os interesses dos investidores”, afirmou a Administração Estatal do Câmbio Externo (Safe, na sigla em inglês) da China, em um comunicado.

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A Safe destacou as opiniões das agências de classificação de risco, como a Standard & Poor’s e a Moody’s, que na semana passada colocaram o rating dos EUA em observação para possível rebaixamento. Caso isso seja feito, os custos dos empréstimos tomados pelos EUA aumentarão fortemente, piorando a já difícil posição fiscal do país.

Mais que isso, um corte no rating (nota de classificação de risco de crédito) dos EUA provocaria uma onda de choque nos mercados financeiros do mundo, que há muito tempo consideram a dívida norte-americana entre os investimentos mais seguros. A China é o maior detentor de dívida dos EUA no mundo, com um montante de US$ 1,16 trilhão em maio.

Pequim tem alertado que o grande estímulo à economia implementado pelo governo norte-americano depois da crise global levaria a um forte crescimento na dívida que acabaria com o valor do dólar e dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries).

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Os comentários da Safe ecoaram os feitos na semana passada pelo porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hong Lei, que alertou que Washington deve adotar “um política responsável e medidas para garantir o interesse dos investidores”.

Os políticos norte-americanos precisam chegar a um acordo para elevar o teto da dívida do país, de US$ 14,3 trilhões, até 2 de agosto. Caso contrário, o governo provavelmente não conseguirá pagar suas obrigações e entrará em moratória. As informações são da Dow Jones.

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