A China vai adotar várias medidas para estimular a demanda doméstica e garantir que o consumo privado aumente contínua e rapidamente para contribuir com o desenvolvimento econômico global, afirmou o presidente do país, Hu Jintao, a líderes do G-20 durante a cúpula que terminou hoje em Seul, na Coreia do Sul.
Hu não falou diretamente sobre as questões mais controversas entre a China e outros países do G-20 – como a taxa de câmbio do yuan – nem sobre a adoção de metas numéricas para conta corrente. No entanto, o presidente chinês indiretamente tratou do assunto dos desequilíbrios globais ao enfatizar o aumento do consumo doméstico.
Em um discurso feito na cúpula, Hu apresentou uma lista de políticas que Pequim vai adotar durante os próximos cinco anos para estimular a demanda interna – como a aceleração dos ajustes na distribuição de renda, o aumento da renda dos residentes no país, a expansão do crédito ao consumidor e o fortalecimento do sistema de logística comercial.
Hu também disse aos líderes do G-20 que “nações que emitem as moedas de reserva mundiais deveriam adotar políticas responsáveis e manter as taxas de câmbio relativamente estáveis”. A autoridade chinesa não mencionou nenhum país, mas os comentários provavelmente têm como alvo os EUA, que recentemente lançou uma segunda rodada de afrouxamento quantitativo para impulsionar a economia doméstica.
Segundo Hu, um sistema de moeda de reserva global deveria ser estabelecido e as instituições financeiras globais deveriam incluir mais executivos de países em desenvolvimento. Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) deveria fortalecer a supervisão dos fluxos de capital entre os países, disse. Hu também pediu uma oposição a várias formas de protecionismo, a redução de obstáculos comerciais e a investimentos e a remoção de restrições a exportações de produtos de alta tecnologia. As informações são da Dow Jones.
