A mineradora estatal Corporación Nacional del Cobre de Chile (Codelco) informou nesta segunda-feira que suspendeu temporariamente as operações da mina Ministro Hales e retirou os trabalhadores do local por causa de protestos de funcionários terceirizados.

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A paralisação da mina Ministro Hales segue uma suspensão, há uma semana, da unidade de Salvador da Codelco, afetada por protestos de terceirizados exigindo melhores benefícios.

Dizendo que a Codelco está se recusando a atender suas demandas, os terceirizados bloquearam acessos rodoviários de várias unidades industriais nas últimas semanas.

“Para proteger a integridade física de seus trabalhadores, a companhia ordenou o esvaziamento da mina Ministro Hales. Este é também o caso da divisão de Salvador, que permanece nas mãos de manifestantes”, diz o comunicado da Codelco.

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O Conselho de Administração da Codelco disse na semana passada que apoiava o desligamento do presidente-executivo da companhia, Nelson Pizarro, das unidades onde a segurança não pode ser garantida.

Os diretores também disseram que qualquer negociação para acabar com os protestos não podem ser vinculadas a aumentos salariais ou de benefícios fora da convenção coletiva existente. Em vez disso, elas devem se concentrar em resolver questões de longo prazo.

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“A Codelco tem tido uma atitude muito hostil para os trabalhadores. Os protestos vão durar até que a empresa se sente para conversar, sem colocar quaisquer condições”, disse Cesar Acosta, um conselheiro sênior de comunicações para a Confederação de Trabalhadores de Cobre.

A mina Ministro Hales produziu 141,2 mil toneladas de cobre no ano passado, enquanto a unidade de Salvador produziu 54 mil toneladas.

O Chile é o maior produtor de cobre do mundo, tendo extraído 5,8 milhões de toneladas do metal no ano passado. Fonte: Dow Jones Newswires.