Sob risco de ter diluída sua participação em Belo Monte, a Chesf busca linha de crédito em bancos para levantar os recursos necessários para aporte no consórcio. O aporte correspondente a sua participação de 15% no consórcio soma R$ 155 milhões, com parcelas em março e maio – nenhuma foi paga. As principais sócias do consórcio já fizeram aportes com o objetivo de injetar R$ 1,1 bilhão no empreendimento.

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“Estamos buscando linha de créditos com bancos”, afirmou o presidente da empresa, José Carlos de Miranda Farias, que participa nesta tarde do 13º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), no Rio. Ele não detalhou o andamento das negociações para levantar os recursos. Sem o aporte, a diluição da Chesf no bloco de controle de Belo Monte é possível conforme prevê o acordo de acionistas da usina.

Em março, as sócias fizeram o primeiro aporte, com parcela de R$ 90 milhões por parte da subsidiária da Eletrobras. Em maio, vence a segunda parcela, com R$ 65 milhões de aporte esperado por parte da Chesf.

Farias informou ainda que os sócios do projeto também trabalham para encontrar uma solução para a parcela de 20% da energia gerada pela usina que ainda não tem destinação. Sem uma definição, novos aportes de recursos podem ser demandados aos sócios para garantir a viabilidade do empreendimento.

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Belo Monte tem capacidade instalada superior a 11,2 MW e energia firme na faixa de 4,5 MW. A unidade já tem licença para operação comercial.

Além da Chesf, os outros acionistas da Norte Energia, empresa responsável pelo empreendimento, são Eletronorte (19,98%) e Eletrobras (15%); os fundos de pensão Petros (10%) e Funcef (10%); as elétricas Neoenergia (10%) e Amazônia (formada por Cemig e Light, com 9,77%); a Aliança Norte Energia (Vale e Cemig, com 9%); a Sinobras (1%); e a J. Malucelli Energia (0,25%).

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