Cheques sem fundo sobem 20% no 1º bimestre, aponta Serasa

O volume de cheques sem fundo no Brasil aumentou 19,7% no primeiro bimestre de 2009, na comparação com o mesmo período de 2008, informou nesta quinta-feira (19) o indicador Serasa Experian de cheques sem fundo. De acordo com o indicador, nos dois primeiros meses de 2009, foram devolvidos 23,1 cheques para cada mil compensados. Em janeiro e fevereiro de 2008, essa relação foi de 19,3.

De acordo com o indicador Serasa, nos dois primeiros meses de 2009 houve um total de 4,60 milhões de cheques devolvidos e 199,37 milhões de compensados. Em 2008, no mesmo período em análise, foram devolvidos 4,67 milhões de cheques e compensados 242,35 milhões.

O Acre foi o Estado que apresentou a maior relação de cheques sem fundo para cada mil compensados no primeiro bimestre deste ano, de 102,4. Em segundo lugar, ficou o Amapá, com 89,6, seguido por Roraima, com 89,3. Na outra ponta, figurou o Estado de São Paulo, que registrou a menor taxa de inadimplência: 17,8. Por regiões, a inadimplência com cheques foi maior no Norte, com 53,7 cheques devolvidos para cada mil compensados. Em seguida, apareceram as regiões Nordeste (37,6), Centro-Oeste (31,3), Sul (22,3) e Sudeste (19).

Somente em fevereiro de 2009, 23,2 cheques foram devolvidos para cada mil compensados no País, ante 19,5 em fevereiro de 2008, o que representa um aumento de 19%. Na comparação entre fevereiro e janeiro, esta relação cresceu 1,3%. No primeiro mês deste ano, foram devolvidos 22,9 cheques para cada mil compensados.

A Serasa Experian atribuiu o aumento da inadimplência com cheques ao maior endividamento de parte da população. A empresa também citou os gastos sazonais de início de ano, como o IPTU, o IPVA e as despesas escolares, e a redução do número de empregos formais no último trimestre de 2008. “O desemprego é fator determinante para a inadimplência”, informam os técnicos da empresa, ressaltando que mesmo com o avanço registrado no início do mês, os cheques ainda apresentam uma das menores taxas de inadimplência do mercado.

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