O número de cheques devolvidos por falta de fundos aumentou 13,9% em 2003 na comparação com o ano anterior, segundo levantamento feito pela Serasa. Além disso, a média de devoluções registrada em 2003 é a maior desde 1991, ano em que foi criado o índice da Serasa. No ano passado, foram devolvidos 15,5 cheques a cada 1.000 compensados, contra 13,6 em 2002.

Já em dezembro, na comparação com novembro, houve queda de 9,7% nas devoluções. No mês passado, foram devolvidos 2,9 milhões de cheques. De acordo com a Serasa, a cada 1.000 compensados, 13,9 foram devolvidos, ante 15,4 em novembro.

Na comparação com dezembro de 2002, no entanto, o volume de cheques sem fundos aumentou 16,8%.

De acordo com a Serasa, dezembro apresentou um volume menor de cheques sem fundos em relação aos compensados por conta da reação da atividade econômica e da ampliação da oferta de empregos temporários.

?O 1.º semestre de 2003 concentra as maiores marcas de cheques devolvidos por falta de fundos a cada mil compensados no ano, com a média de 15,7?, diz o comunicado da Serasa.

Os técnicos da Serasa avaliam que, mesmo com o aumento de 16,8% nas devoluções em relação ao mesmo mês de 2002, o número de dezembro de 2003 mostra que a inadimplência com cheques está ao redor de 1,4% – incluindo a devolução de cheques pré-datados -, um dos mais baixos percentuais na comparação com as diversas formas de pagamento e financiamento da economia.

?Limpeza?

Números da Abracheque (Associação Brasileira das Empresas de Informação, Verificação e Garantia de Cheques) mostram que 5,702 milhões de pessoas deixaram o CCF (Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos) do Banco Central em 2003. Esse foi o maior volume de regularização de toda a história.

Por outro lado, o CCF também recebeu em 2003 a inclusão de 5,968 milhões de nomes, o segundo maior da história, perdendo apenas para 2001, quando 6,199 milhões de pessoas entraram para o cadastro de emitentes de cheque sem fundo.

?O mais importante é observar a tendência do cheque, que é a adimplência?, disse o presidente da Abracheque, Carlos Pastor.

Segundo ele, essa tendência de redução da emissão de cheques sem fundo pode ser observada pelo saldo do CCF de 2003, que foi de 265.787 cheques. Em 2002, o CCF recebeu a inclusão de 460.380 nomes, contra o ápice registrado em 2001, de 1,134 milhão de inclusões.

?Essa tendência de redução da inadimplência já foi iniciada em 2003?, disse Pastor, se referindo a dezembro passado, quando 32.894 pessoas deixaram o CCF.

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