Cheque especial só em último caso, diz chefe do Banco Central

A mais cara das operações de crédito do sistema financeiro rompeu em junho a barreira da taxa de 140% ao ano. De acordo com os dados do Banco Central, o cheque especial registrou juro médio no mês passado de 139,7% anuais, ante 140,3% em maio.

"É a taxa mais baixa desde dezembro de 1999", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, reconhecendo, entretanto, que a taxa é de fato muito elevada e deve ser utilizada somente "em último caso".

A taxa média dos juros bancários nos primeiros dez dias de julho ficou em 36,4% ao ano, ante a taxa de 37% em junho, adiantou Altamir. Segundo ele, a taxa para pessoa física caiu para 48,1% na mesma base de comparação, enquanto a taxa para pessoa jurídica cedeu para 22,9% ao ano. Embora os dados sejam preliminares, se a taxa para pessoa jurídica for confirmada, o segmento terá atingido o menor nível para a série histórica do BC, iniciada em junho de 2000. Até então, a menor taxa para pessoa jurídica tinha sido de 23% ao ano, em setembro de 2002.

Altamir explicou, no entanto, que os dados de 2000 foram distorcidos porque naquela época a forte desvalorização do real fez com que as taxas calculadas pelo Banco Central dos empréstimos vinculados ao setor externo, como os Adiantamentos de Contratos de Câmbio (ACC), fossem distorcidas porque havia uma expectativa de reversão daquela trajetória.

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