Apesar da grande repercussão na mídia e internet, o lançamento do iPhone no Brasil, que aconteceu ontem, não chegou a gerar grandes filas como em outros países.
Em Curitiba, o movimento de compradores foi bem pequeno. A operadora Vivo, que só está vendendo para clientes pré-selecionados, não registrou filas na loja. Os primeiros aparelhos do Paraná foram vendidos no início da madrugada de ontem, durante um evento de lançamento no Shopping Mueller. Na Claro, pelo menos dois clientes se aventuraram a aguardar a abertura da loja para comprar o aparelho. A maior parte do movimento foi de curiosos.
O web designer Fillipe Neyl Rodrigues da Silva, 24 anos, foi o primeiro usuário a adquirir o iPhone diretamente na loja, sem pré-cadastro, no Estado. Ele chegou na frente do Shopping Mueller por volta das 6h da manhã.
“Eu sabia que a loja teria de 30 a 40 aparelhos no estoque, e não queria ficar sem”, explica. Para ele, que parcelou a compra no cartão de crédito, o aparelho era um “sonho de consumo” e a compra valeu a pena, apesar do custo, que considera ser “o maior do mundo” – o aparelho tem preços que variam de R$ 899 a R$ 2.599.
Ambas as operadoras apontam os impostos como os principais culpados pelos altos valores finais do aparelho, cujo modelo com 8 GB de memória, nos Estados Unidos, custa 199 dólares.
O plano da operadora AT&T, a única que vende o iPhone no país, é de 70 dólares, com um prazo mínimo de permanência de dois anos, e dá direito a 450 minutos de ligações e acesso ilimitado de dados. Não há planos equivalentes no Brasil. O mais próximo é o iPhone 350 da Vivo, no qual o aparelho sai por R$ 1.199.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a carga tributária sobre um dispositivo móvel importado é de 69,7%, somados os impostos de importação, sobre Produtos Industrializados (IPI), ICMS, e PIS/Cofins.