O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que nos últimos anos tem estatizado dezenas de companhias estrangeiras, incluindo do setor de petróleo, reconheceu que seu país precisa do investimento de companhias de petróleo estrangeiras. “O investimento e a experiência de firmas de petróleo estrangeiras são necessárias na Venezuela”, disse Chávez. “Precisamos disso.”
A declaração do presidente da Venezuela ocorre a poucos dias do aguardado leilão de blocos de exploração de Carabobo na quinta-feira, que deverá contar com a participação de muitas grandes companhias, incluindo a espanhola Repsol, a americana Chevron e a japonesa Mitsubishi.
O leilão distribuirá a concessão de sete blocos de petróleo na região leste do Orinoco, que contém vastas reservas de petróleo recuperável. As perfurações já começaram em partes do Orinoco, mas o governo espera que os promissores blocos, que são parte de Carabobo venham a aumentar significativamente a produção.
A Venezuela produz cerca de 2,3 milhões de barris por dia de petróleo, segundo estimativas independentes, enquanto os blocos de Carabobo podem produzir sozinhos até 1,2 milhão de barris/dia em 2015.
PDVSA e ENI
Em um anúncio em separado, a estatal Petroleos de Venezuela (PDVSA) assinou um contrato para formação de uma joint venture com a italiana Eni para desenvolver o bloco Junin 5 na região oriental do Orinoco.
Em uma cerimônia realizada em Caracas, o executivo-chefe da Eni, Paolo Scaroni, chamou a joint venture de um “acordo histórico” que levou vários anos e envolveu “muitas disputas”. O bloco envolverá cerca de US$ 18 bilhões em investimentos e poderá produzir 75 mil barris/dia de petróleo bruto em 2013 e deve alcançar um auge de 240 mil barris/dia em 2016.
A Venezuela precisa aumentar sua produção e receita com petróleo com urgência, uma vez que a economia está em recessão e tem uma inflação que em 2009 alcançou 27%. As informações são da Dow Jones.