O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou no fim de semana a nacionalização da empresa Indústrias Venoco, a maior companhia independente produtora de lubrificantes automotivos no país. Chávez, cujo governo socialista já nacionalizou mais de 300 companhias nos últimos dois anos, disse que a expropriação inclui também subsidiárias da Venoco, como a Nacional de Grasas Lubricantes (CANGL) e a Aditivos de Orinoco (Adinoven).
Chávez acusou a Venoco de cobrar preços altos demais pelos lubrificantes e por outros produtos derivados de petróleo. Também afirmou que, com a companhia nas mãos do governo, os motoristas do país podem esperar preços mais baixos em breve.
Por telefone, uma autoridade da Venoco disse na noite de domingo que o presidente da empresa, Ricardo Barreto, e outros diretores estavam em reuniões com a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), para discutir a expropriação, de modo que não puderam comentar o caso.
A Venoco foi criada em 1960, tornando-se a primeira empresa venezuelana a transformar localmente hidrocarbonetos em lubrificantes, além de outras misturas para carros e equipamentos, entre outros propósitos. Barreto é presidente da companhia desde 2006, de acordo com o site da Venoco. Já a Adinoven foi criada em 1998 como uma joint venture entre a Venoco e a Exxon Chemicals Venezuela. A Venoco comprou a parte da Exxon em 2007, quando ela deixou a Venezuela por causa da revisão dos contratos de petróleo feita por Chávez.
O presidente também anunciou no domingo a nacionalização da FertiNitro, cuja fábrica de fertilizantes de nitrogênio no Complexo José Petrochemical da Venezuela é uma das maiores do mundo. As informações são da Dow Jones.