A Leão Junior, líder nacional no mercado de chás, deve encerrar o ano com faturamento de R$ 160 milhões – crescimento de 20% sobre os R$ 134 milhões registrados no ano passado. No período anterior (2005 sobre 2004), o crescimento havia sido bem menor: de aproximadamente 7%. O resultado altamente positivo levou a direção da empresa a divulgar, pela primeira vez em 105 anos de história, o balanço anual.
?A empresa passou a investir em produtos novos, selo de qualidade, na expansão das equipes comerciais – tudo isso aliado a um marketing mais agressivo. Esse conjunto de fatores está fazendo com que a empresa cresça?, apontou o diretor da Leão, Renato Barcellos Guimarães.
Apesar do crescimento nas vendas e, conseqüentemente, no faturamento, o consumo de chá no Brasil ainda é baixo: cerca de meio litro per capita ao ano. ?Em Portugal, o consumo é de 10,5 litros per capita ao ano?, comparou Guimarães. Ele lembrou ainda que em países desenvolvidos o consumo de chá corresponde a 5% ou 6% do consumo de refrigerantes. No Brasil, a proporção é de apenas 0,5%. ?Há muito espaço para o crescimento do mercado de chá?, apontou.
Nova linha
A partir da semana que vem, os consumidores vão encontrar nas prateleiras dos supermercados o mais novo lançamento da Matte Leão: a versão refresco em pó, solúvel, adoçado e que rende um litro. O novo produto deve concorrer diretamente com outros produtos como Tang (da Kraft Foods) e Clight. ?É um mercado que movimenta R$ 1,5 bilhão por ano?, apontou Renato Guimarães. O volume é bem superior aos R$ 300 milhões movimentados pela linha de chá seco e R$ 200 milhões da linha chá líquido.
A Leão Junior possui três fábricas: uma em Fernandes Pinheiro, a 30 quilômetros de Irati, responsável por todo o processo de preparação do mate; a unidade de Curitiba, responsável pela produção da linha seca e a unidade do Rio de Janeiro, que opera a linha líquida. A empresa emprega 840 funcionários.