Buenos Aires (AE) – Os chanceleres dos países do Mercosul estiveram reunidos ontem, no Palácio San Martín, em Buenos Aires, para montar a agenda de discussões da Cúpula de Presidentes do bloco, prevista para 20 e 21 de julho, em Córdoba. E discutir o processo de adesão da Venezuela, uma posição de consenso para a reunião da Rodada de Doha da OMC, no final do mês, em Genebra, e situação do Mercosul.

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O chanceler uruguaio, Reinaldo Gargano, chega à reunião com a missão de tentar colocar na mesa de discussões o conflito com a Argentina sobre as indústrias de celulose que estão sendo construídas na fronteira dos dois países.

A participação de Gargano é vista como um gesto de aproximação do presidente Tabaré Vázquez com o presidente Néstor Kirchner, já que ambos vão se encontrar em Córdoba. O governo uruguaio quer que a Argentina se comprometa a não permitir os bloqueios da ponte que liga os dois países, sobre o Rio Uruguai, ameaçados pelos moradores de Gualeyguachú.

Os ambientalistas e moradores da cidade argentina, em frente à uruguaia Fray Bentos, prometem voltar a interromper o trânsito na fronteira se o Tribunal de Haia não acatar a medida cautelar pedida pela Argentina para suspender as obras, enquanto é feito estudo de impacto ambiental das fábricas sobre a região.

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Embora a Argentina não concorde com a discussão do conflito no âmbito do Mercosul, Gargano vai aproveitar a ocasião para discutir o assunto com o colega argentino, Jorge Taiana, que convocou o encontro, de caráter extraordinário, como presidente pro tempore do Mercosul.

Venezuela

?Os ministros avançarão nos protocolos de adesão para a incorporação de Venezuela como sócio pleno do bloco, na definição de uma postura comum para a próxima reunião da Rodada de Doha no final de junho, no acordo comercial com Cuba, as bases para a redação do Código Aduaneiro, e o fechamento dos acordos comerciais com Paquistão e Israel?, informou a chancelaria argentina.

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Comunicado informa que o bloco ?tentará avançar em questões vinculadas à produção, integração e complementação produtiva, o desenvolvimento das cadeias de valor, os foros de competitividade, a possibilidade de integração dos processos produtivos que gerem mão-de-obra e trabalho decente na região?.

Participam do encontro convocado pelo chanceler Jorge Taiana, os chanceleres Celso Amorim, do Brasil, Reinaldo Gargano, do Uruguai, Leila Rachid, do Paraguai, e Alí Rodriguez, da Venezuela.