A fraca aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é a mais baixa para qualquer líder americano em seu primeiro ano no cargo e baixa aprovação faz com que riscos legislativos ganhem força, na visão do Goldman Sachs. Com isso, o banco acredita que há, no curto prazo, 50% de chance de ‘shutdown’ (paralisação) do governo no curto prazo.
Em relatório a clientes, o analista Alec Phillips, do Goldman Sachs, afirma que o teto da dívida, que precisa ser elevado, deve impedir que uma paralisação mais longa ocorra, mas ressalta que, para isso, Trump precisa solidificar o apoio em sua base, além de precisar do apoio do Partido Democrata.
Phillips comenta, ainda, que o fraco índice de aprovação de Trump “é mais notável ainda à luz da economia razoavelmente forte”. Ele diz que “o tamanho do fosso entre a confiança do consumidor e a aprovação presidencial é muito incomum” para esse período do governo, já que Trump está, ainda, em seu primeiro ano de governo e, em casos anteriores, essa diferença era vista apenas quando o presidente estava próximo de deixar o cargo.
Reforma tributária
Em relação à proposta do governo Trump de reformar o sistema tributário americano e implementar cortes de gastos, o Goldman Sachs afirma que continuar a acreditar que cortes de impostos são ligeiramente prováveis, “mas nossa convicção é baixa, já que houve poucos progressos até o momento”. Para o banco americano, se o progresso não for feito até outubro, após os prazos fiscais terem sido aprovados, “a legislação tributária começará a parecer menos provável”.
As classificações de aprovação presidencial também são um indicador referencial bom das perspectivas das eleições de meio de mandato, na visão do Goldman Sachs. “O nível atual implica em ganhos substanciais para os democratas, potencialmente suficientes para recuperar a maioria na Câmara”, diz o banco.