Os acordos de leniência têm atingido de 65% a 70% dos valores das ações sobre casos de corrupção no âmbito da Lava Jato que correm na Justiça, disse nesta quinta-feira, 25, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário. De acordo com ele, essa é uma mostra dos bons resultados tanto do ponto de vista da alavancagem investigativa dos processos quanto da recuperação de ativos objetos de esquemas de corrupção.

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Rosário participa do seminário “O Brasil Quer Mais (BR+)” que a International Chamber of Commerce (CCI Brasil) promove nesta quinta-feira na capital paulista.

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Dos dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de acordo com o ministro, quando se verificam as ações que visam a recuperar recursos da União, das ações julgadas procedentes, apenas de 10% a 15% do valor das ações são recuperados. “Já nos acordos de leniência as recuperações têm atingido de 65% a 70% do valor das ações”, afirmou Rosário.

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“Então, além da alavancagem investigativa, da obtenção de informações e da capacidade investigativa do Estado, tem também um aumento na capacidade de recuperação dos ativos”, reiterou o ministro.

Rosário observou também que um importante aspecto da lei é o fomento da integridade das empresas porque hoje a lei permite um desconto de até 7,5% na multa para as empresas que detectarem esquemas internos de corrupção, reportá-los e se dispuserem a colaborar com as investigações. “São fatores que já trazem um incentivos, mas é claro que podemos e devemos aumentá-los”, disse.