A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), agência do governo do Estado de São Paulo que faz o controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades geradoras de poluição, informou há pouco que a Refinaria de Paulínia (Replan) da Petrobras, só deverá voltar a operar normalmente dentro de cinco a seis dias. A agência está avaliando se multa ou apenas adverte a estatal pelo acidente ocorrido ontem, e que emitiu material particulado e fumaça preta para a atmosfera.
A Replan tem capacidade para processar 415 mil barris diários de petróleo, ou 20% da produção nacional de refino. A unidade parou de produzir nesta quarta-feira (1/11), segundo a Cetesb, “após o rompimento de uma tubulação de ar comprimido, que causou a interrupção abrupta de todo o fornecimento de ar comprimido para as linhas de produção”. A Petrobras confirmou o acidente, mas ainda não deu detalhes sobre a ocorrência.
A Cetesb informou que por volta das 13h de ontem foi acionada para atender o acidente na refinaria em Paulínia, onde os gases gerados nos processos de produção tiveram que ser direcionados para os “flares” (chaminés), que não puderam operar normalmente pela falta de ar comprimido e vapor, suprimento este crucial para o bom funcionamento dos queimadores.
“Este fato gerou a emissão intensa de poluentes (material particulado e fumaça preta) na atmosfera, provenientes da chaminé da unidade de craqueamento catalítico”, disse a Cetesb, confirmando a explicação dada mais cedo ao Broadcast pelo diretor do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro SP), Arthur Ragusa.
Segundo a Cetesb, as emissões permaneceram até às 23h30 de ontem, quando houve a regularização do suprimento de vapor para esses equipamentos.
“Há previsão para o início da partida de algumas unidades a partir desta quinta-feira. A direção da Replan espera regular totalmente a sua linha de produção no prazo de cinco a seis dias”, informou a Cetesb, que irá acompanhar a situação até que esteja normalizada.
“A situação, neste momento, está sob controle. No início da próxima semana, a Cetesb avaliará quais providências administrativas cabíveis serão adotadas contra a Replan, como multa ou advertência, em razão da emissão de material particulado para a atmosfera”, disse em nota.