A cesta nutricional do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) para pessoas residentes em Curitiba foi orçada em R$ 434,20 em julho e permaneceu estável em relação ao mês anterior, quando custava R$ 433,43. Esta cesta contém produtos que atendem as necessidades nutricionais mínimas para uma família composta por dois adultos, um adolescente e uma criança. De janeiro a julho, ela teve variação de preços de 2%. Em janeiro deste ano, a cesta nutricional custava R$ 425,20.
Para calcular a variação de preços da cesta nutricional, o Ipardes utiliza a mesma metodologia do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – pesquisa que mede a inflação em Curitiba – desenvolvida e realizada pela instituição desde 1973. A cesta nutricional é formada por 33 produtos. Ela é composta por: cereais e derivados, tubérculos, raízes e amiláceos, açúcares, doces, leguminosas, verduras, frutas, carnes, ovos, leite e derivados, gorduras, café e infusões e condimentos.
Comparando-se a variação de preços ocorrida de janeiro para julho, os destaques foram: leite pasteurizado (50 litros) que passou de R$ 65,50 em janeiro para R$ 82,00 em julho. Feijão preto (6kg) custava R$ 24,66 e agora R$ 15,16. Arroz (12kg) tinha o preço médio de R$ 24,60 e em julho passou para R$ 21,00. A batata-inglesa (5,5kg) foi orçada em R$ 6,99 no começo do ano e em julho custou R$ 9,68. As carnes bovinas e suínas ficaram mais baratas: o acém (7kg) passou de R$ 50,26 para R$ 47,59, assim como o pernil de porco (1kg) que estava em R$ 8,57 e baixou para R$ 7,12. Já o contrário ocorreu com o preço do frango resfriado (7,2kg), que era estimado em R$ 25,92 e passou a custar R$ 28,00.
ESTUDO – A pesquisa desenvolvida para se chegar à cesta nutricional foi realizada pelo Ipardes sob orientação do Centro Colaborador de Alimentação e Nutrição da Região Sul (Cecan-Sul) e Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Paraná. Serviu como base o “Estudo Multicêntrico sobre Consumo Alimentar”, da parceria entre o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação (Nepa), o Ministério da Saúde, as universidades estaduais de Campinas e do Rio de Janeiro e as universidades federais do Paraná, de Ouro Preto e de Goiás.
A preocupação com a segurança alimentar e a composição adequada no consumo diário foram os pilares para que o Ipardes desenvolvesse esta pesquisa. A cesta também leva em consideração os hábitos de consumo da população de Curitiba, verificada pelos resultados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), realizada a cada cinco anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).