Com queda de 2,15% no preço da cesta básica em março, Curitiba apresentou a quarta maior deflação entre as 16 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). Doze cidades apresentaram redução no valor da alimentação básica no último mês.

As maiores quedas ocorreram em Salvador (-3,67%), Porto Alegre (-3,26%) e Aracaju (-3,14%). As maiores altas foram registradas em Fortaleza (3,2%), Natal (2,7%), Vitória (1,2%) e Belém (0,64%).

Porém no acumulado do primeiro trimestre, só três cidades apresentaram deflação no custo: Porto Alegre (-3,13%), Curitiba (-2,99%) e Florianópolis (-0,05%). Nas cidades de Fortaleza e Natal, o aumento de janeiro a março deste ano já ultrapassa dois dígitos. Em Fortaleza, a cesta acumula alta de 12,44%. Em Natal, de 11,24%.

Custando R$ 154,43, a cesta básica de Curitiba foi a sexta mais cara do País em março. O valor mais alto foi encontrado em São Paulo (R$ 166,96) e o menor, em Recife (R$ 137,44). Com base no custo mais alto do país, o de São Paulo, o Dieese estimou que o valor do salário mínimo necessário para suprir as necessidades de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 1.402,63, o equivalente a 5,8 vezes o valor atual de R$ 240. Para comprar os produtos da cesta básica, quem ganha o salário mínimo gasta 67,59% do valor líquido que recebe, descontado o INSS.

Produtos

Dos treze itens pesquisados em Curitiba, apenas cinco tiveram elevação de preço em março: óleo de soja (5,90%), pão (1,24%), carne (0,92%), leite (0,84%) e arroz (0,47%). A maior queda foi registrada na banana (-21,16%), seguida por feijão (-6,92%), batata (-5,75%), café (-2,70%), açúcar (-2,27%), manteiga (-2,08%), farinha de trigo (-1,02%) e tomate (-0,86%).

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