Cesta básica em SP sobe 0,79% em setembro, segundo Procon

A cesta básica do paulistano encerrou o mês de setembro com preço médio de R$ 294,72, o que representa uma alta de 0,79% em relação a agosto, quando custava R$ 292,41. Nos últimos 12 meses até o mês passado, o avanço acumulado é de 23,75%.

 

De acordo com a pesquisa mensal divulgada hoje pelo Procon-SP, em convênio com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), dos 31 produtos pesquisados, 13 apresentaram alta no preço e 18 tiveram decréscimo. Os grupos Alimentação e Limpeza registraram elevação 1,14%, enquanto Higiene Pessoal subiu 0,21%.

 

Entre os produtos do segmento Alimentação, as alta mais expressivas foram constatadas no preço da margarina (pote de 250 gramas), com 22,58% – maior variação mensal positiva dos últimos dez anos; feijão carioquinha (um quilo), com 9,98%; carne de segunda desossada (kg), com 6,46%; e extrato de tomate (embalagem de 350 a 370g), com 4,93%.

 

De acordo com o Procon, as vendas antecipadas da safra 2007/2008 da soja e o aumento das exportações, já que os produtores que ainda tinham estoque do produto preferiram apostar no aumento dos preços no mercado externo, contribuíram para a queda da oferta do grão. Isso pressionou o preço da soja e seus derivados, como a margarina.

 

A entidade destaca também o aumento especulativo do preço do boi gordo no mercado interno, que é repassado à carne comercializada no varejo. A entidade explica que o gado de pasto está cada vez mais escasso e o custo associado ao confinamento é alto. Além disso, a valorização cambial está deixando a carne brasileira mais competitiva no mercado internacional.

 

Os produtos que apresentaram a maior variação negativa na cesta básica de setembro de acordo com o Procon foram a cebola (kg), com 21,83% – a maior queda no ano; e a batata (kg), com 12,59%.

 

Segundo a entidade, o maior abastecimento de cebola no mercado, por conta da intensificação da colheita em São Paulo e no Nordeste, foi responsável pela queda do preço. Já a batata, por sua vez, vem apresentando oferta abundante no ano e picos de safra em Vargem Grande do Sul (SP), Cristalina (GO) e no Sul de Minas Gerais, levando o produto a registrar quedas consecutivas de preço nos últimos três meses – sobretudo na segunda quinzena de setembro.

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