Depois da redução de 1,15% em junho, a cesta básica de Curitiba barateou mais 5,04% em julho, reduzindo para 3,08% a variação acumulada no ano e para 4,35% nos últimos 12 meses. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), foi a sétima maior queda do País. As 18 capitais pesquisadas registraram deflação. Na paranaense, o valor da alimentação essencial totalizou R$ 279,66, o que significa economia de R$ 14,84 em relação ao mês anterior (R$ 294,50). No ranking de custos, Curitiba ficou em 11.º lugar.
De acordo com o Dieese, o decréscimo foi puxado por quatro produtos: tomate (-38,39%), batata (-19,10%), açúcar (-3,24%) e arroz (-0,91%). Óleo de soja e café ficaram com preços estáveis. Com alta, aparecem: leite (3,02%), feijão (2,90%), carne (2,52%), manteiga (2,38%), pão (2,01%), farinha de trigo (1,37%) e banana (0,40%). No ano, a batata ainda lidera os aumentos, com oscilação de 74,29%, seguida pela farinha de trigo (21,47%), feijão (18,06%) e leite (15,87%).
Custos
Para uma família de quatro pessoas – casal com duas crianças – o custo da comida básica foi de R$ 838,98, sendo necessário 1,24 salários mínimos para satisfazer as necessidades com alimentação. Pelos cálculos do Dieese, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.750,83. Este valor é calculado com base na Constituição, que em seu artigo 7 prevê que o salário mínimo deve ser capaz de atender as necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social.
