Se você pensava que a alta do dólar se refletia apenas no pãozinho, por causa do aumento no preço do trigo importado da Argentina, errou feio. A cerveja também vai ficar mais cara. A AmBev, que entre outras marcas detém a Brahma, Antarctica e Skol, está aumentando os preços em cerca de 10% devido à alta do dólar. Ainda não é certo se os refrigerantes terão os preços elevados.
O aumento é para os revendedores e poderá demorar um pouco mais para chegar ao consumidor, dependendo do estoque de produtos que cada um deles tiver. Porém, não se iluda. Esse prazo vai ser muito pequeno e provavelmente já no final de semana você estará pagando mais caro pelo produto.
A Porcentagem de alta também poderá variar dependendo da região, canal de venda (supermercados, bares) e da embalagem do produto (lata ou garrafa) mas, segundo a assessoria da empresa, em nenhum caso ficará distante dos 10%.
Esse é o primeiro aumento de preços promovido pela maior fabricante de bebidas do País em um ano. A última vez que a AmBev elevou seus preços foi em outubro de 2001, e desde então, o dólar subiu aproximadamente 41%. No ano passado, as cervejas da AmBev aumentaram, em média, 12%.
Desde então, os aumentos foram contidos devido às operações de ??hedge?? (reserva cambial de proteção) da empresa, feitas exatamente para diminuir à exposição aos aumentos de preço da matéria-prima.
Segundo a assessoria, a cerveja tem 43% de seu custo de produção atrelado à moeda norte-americana, já que vários de seus ingredientes ou são importados, como o malte, ou são ??commodities?? (produtos básicos negociados internacionalmente e que têm seus preços cotados em dólar), como a cevada.