Cerâmicas (pisos e azulejos) e louças sanitárias passam a ter o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de 12% ao invés dos atuais 18%. A medida faz parte de lei sancionada pelo governador Roberto Requião. A medida beneficia diretamente cerca de 1.500 empresas em todo Paraná e visa fomentar a indústria da construção civil e gerar mais empregos. É um setor estratégico que movimenta diversos setores da economia.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção no Paraná (Simaco), César Luiz Gonçalves, afirma que a reivindicação agora atendida pelo governo do Estado é uma luta dos empresários do setor de todo o país. "Temos a certeza que esse benefício vai movimentar vários setores que atuam diretamente com o nosso", disse ele.
Ainda segundo o presidente do Simaco, a medida também é essencial para garantir a competitividade com as empresas estrangeiras do setor que estão chegando ao País. "Há alguns anos, o setor começou a reduzir o número de funcionários. Agora, vamos ampliar o quadro e melhorar o atendimento".
O Paraná tem cerca de 9.200 lojas de materiais de construção. A maioria é de são empresas de pequeno e médio porte. A lei não atende essas empresas porque elas já são beneficiadas com o regime fiscal que isenta microempresas do pagamento do ICMS e reduz o imposto de pequenas empresas.
Economia
César Luiz Gonçalves calcula que uma empresa com faturamento médio de R$ 10 milhões por mês terá uma economia mensal de cerca de R$ 240 mil. "Ao ano, serão R$ 3 milhões economizados, que poderão ser direcionados à folha de pagamento". Os itens de cerâmica e louça sanitária correspondem, em média, a 30% do faturamento das empresas do setor.
Segundo o dono de uma das maiores redes de materiais de construção, Hélio Bal-larotti, quem vai ganhar com a redução é o consumidor, mesmo que não diretamente com redução de preços. "O consumidor vai ganhar em qualidade. Um bom atendimento na hora da compra e a entrega no prazo representam economia no custo final da construção", comenta.
A melhora no atendimento, ainda de acordo com o empresário, certamente passará pela contratação de novos funcionários. Atualmente a rede tem 650 empregados trabalhando em 13 lojas e em uma central de telemarketing.