As maiores centrais sindicais do País lançam hoje um manifesto pela valorização do salário mínimo e correção da tabela de Imposto de Renda. Será na Praça Ramos de Azevedo, região central de São Paulo. O ato é uma preparação para a próxima semana, quando as centrais sairão em carreata na segunda-feira em direção a Brasília. Os sindicalistas querem pressionar o governo a melhorar a proposta para aumento do salário mínimo e correção da tabela de Imposto de Renda.
As centrais querem que o salário mínimo seja corrigido de R$ 300 para R$ 400. Para a tabela de Imposto de Renda, elas pedem uma correção de 13%. Pela proposta orçamentária para 2006, o mínimo subiria para R$ 321.
As reivindicações das centrais serão entregues aos ministros Antônio Palocci (Fazenda), Luiz Marinho (Trabalho), Dilma Rousseff (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Planejamento). Também haverá reuniões com os presidentes da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, e do Senado, Renan Calheiros.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, chegou a dizer que o governo faria a sua própria proposta para a correção da tabela de IR. No ano passado, as centrais pediam uma correção de 17% na tabela de IR – referente à inflação acumulada no governo Lula. Mas a tabela foi corrigida em 10% a partir deste ano.
O manifesto será liderado pela CAT (Central Autônoma dos Trabalhadores), CUT (Central Única dos Trabalhadores), CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Força Sindical e SDS (Social Democracia Sindical).
A Unafisco (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal) defende uma correção de 57,12% na tabela de Imposto de Renda da Pessoa Física. Segundo a entidade, esse reajuste é necessário para repor as perdas ocorridas entre 1996 e 2005. Durante esse período, a tabela passou por apenas dois reajustes: 17,5% em 2002 e 10% neste ano.