A Força Sindical posicionou-se de forma contrária a quaisquer “reformas feitas na calada da noite”. Em nota divulgada nesta quarta-feira, 23, a entidade afirma que “causou estranheza o anúncio do governo de que fará reformas trabalhista e previdenciária estabelecendo um limite para idade para a aposentadoria, apenas para mostrar ao mercado que realmente vai buscar o equilíbrio fiscal”.

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Em teleconferência com jornalistas estrangeiros ontem, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que pretende se esforçar com reformas mais amplas, como a da Previdência e da legislação trabalhista.

“Mais uma vez, o governo quer fazer uma reforma nas costas do trabalhador. No final do ano passado, o governo editou duas medidas provisórias, MPs 664 e 665, com o intuito de fazer um ajuste fiscal, mas que penalizou muito, e tão somente, os trabalhadores. Repudiamos estas reformas feitas na calada da noite. Toda e qualquer modificação nas leis que regem as áreas trabalhista e previdenciária devem ser feitas de forma democrática e transparente e com os legítimos representantes dos trabalhadores”, diz a nota da Força.

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) também divulgou nota na qual nega a existência de negociação sobre possíveis reformas trabalhistas e previdenciárias para 2016. A entidade cita declaração do ministro Nelson Barbosa à imprensa na qual teria afirmado que a pauta das reformas tem sido discutida junto ao movimento sindical no Fórum Nacional de Previdência e Trabalho. “O ministro está mal informado ou mal-intencionado”, diz a nota da CSB, destacando que não há por parte das centrais sindicais qualquer possibilidade de negociação de nenhuma restrição nos direitos dos trabalhadores.

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“O governo tem muita gordura para queimar diminuindo a drenagem de recursos públicos para o rentismo, baixando os juros e promovendo a política econômica desenvolvimentista que foi prometida e escolhida pelo povo brasileiro na última eleição”, destaca a nota da central.