As centrais sindicais vão hoje a Brasília pressionar o Congresso a facilitar a aprovação da reforma sindical. O texto do projeto, entretanto, ainda está na Casa Civil. a expectativa é que a proposta seja enviada em março ao Congresso.

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Para buscar um consenso sobre a necessidade de aprovação dessa reforma, as centrais devem se reunir às 11h30 com o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE). Em seguida, vão se encontrar com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Na sexta-feira, as centrais vão reforçar o pedido junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ?É necessário que essa reforma seja feita ainda em 2005. O governo Lula não pode perder a oportunidade de fazer essa reforma?, disse Luiz Marinho, presidente da CUT, se referindo ao passado de líder sindical do presidente.

Segundo ele, o atraso no encaminhamento da reforma sindical pode colocar em risco o futuro das ?entidades sindicais?. ?Temo pelo futuro do movimento sindical.?

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Marinho reclama da aprovação da reforma do Judiciário, no final do ano passado, que já trouxe mudanças para as relações entre trabalhadores e empresários nas questões judiciais.

Exemplo disso foi o TST (Tribunal Superior do Trabalho), que mudou a regra para a instauração do dissídio coletivo. Agora, o dissídio só pode ser ajuizado com a concordância de ambas as partes: trabalhadores e empregadores. De acordo com o TST, a mudança deverá incentivar a prévia negociação entre patrões e empregados.

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Segundo Marinho, patrões e empregados – que não se entendem nem em campanhas salariais – dificilmente chegarão a um entendimento comum na hora de ajuizar um dissídio coletivo.