Centrais sindicais enviaram uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, pedindo que o Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne hoje e amanhã, não aumente a taxa Selic (juro básico da economia brasileira). Analistas financeiros prevêem que o Copom anunciará amanhã um aumento de pelo menos 0,25 ponto porcentual da Selic, atualmente em 11,25% ao ano.
O movimento sindical argumenta que as recentes elevações de preços estão ligadas à demanda internacional de alimentos, e uma elevação de juros no Brasil em nada influenciaria esse movimento. "Juros altos seguem na contramão da produção, do crédito e do consumo. Elevá-los ainda mais seria impor novos obstáculos ao desenvolvimento com distribuição de renda e valorização dos trabalhadores e trabalhadoras. Imporia redução no ritmo de geração de empregos. Elevaria o valor das prestações de produtos que o trabalhador deseja e precisa comprar", relata a carta.
A carta é assinada pelo presidente da CGTB, Antonio Neto; da CUT Arthur Henrique dos Santos, da NCST, José Calixto; da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva; da UGT, Ricardo Patha; e da CTB, Vagner Gomes.
