A CUT (Central Única dos Trabalhadores) espera receber do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, uma proposta para correção da tabela de IR (Imposto de Renda). A reunião que deverá encerrar a negociação está marcada para hoje.

Participarão do encontro os presidentes da CUT, Luiz Marinho, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, e o secretário-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. Desde o final de 2003 os sindicalistas estão realizando uma série de manifestações em favor da correção da tabela de IR.

No dia 11 de maio, Palocci recebeu vários sindicalistas da CUT. Na ocasião, o ministro teria condicionado a correção da tabela de IR à criação de novas alíquotas para o pagamento do tributo.

CGT e Força

também participam

Depois da confusão armada no começo do mês, a CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) e a Força Sindical também devem participar hoje do encontro entre o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e representantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores). As duas centrais reclamaram ter sido excluídas pela CUT do último encontro, realizado no dia 11.

Na ocasião, o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, chegou a chamar a reunião da CUT com Palocci de “acerto de compadres”.

“Por enquanto, está tudo certo para o encontro. Vamos cobrar do ministro [Palocci] a correção da tabela”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eleno José Bezerra.

Boas expectativas

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, disse que tem boas expectativas em relação ao encontro de hoje. “O presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] prometeu corrigir a tabela e nós confiamos em sua promessa.” Segundo ele, os sindicalistas reivindicaram a Palocci uma correção de 55,3% na tabela de IR. “Fizemos uma reivindicação e queremos que ela seja atendida.”

Esse seria o índice necessário para repor as diferenças inflacionárias do período em que a tabela de IR está congelada. Com exceção de 2002 -quando houve um reajuste de 17,5% -, a tabela não sofre correções desde 1996.

Condições

Segundo integrantes da CUT, Palocci teria condicionado a correção da tabela de IR à criação de novas alíquotas para o pagamento do tributo. Pelas regras atuais, existem duas alíquotas: 15% (para salários de R$ 1.058 a R$ 2.115) e 27,5% (para salários acima de R$ 2.115).

A idéia apresentada pelo ministro no encontro seria criar alíquotas que variassem de 5% a 30%.

As centrais sindicais rejeitam a criação de novas alíquotas. “Queremos correção, mas sem ampliação das faixas de alíquotas salariais”, disse Bezerra.

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