Centenas de CTPs ?esquecidas? no depósito da DRT

A quantidade de carteiras de trabalho perdidas ou ?esquecidas? quando a carteira é emitida, mas o trabalhador não vem buscar o documento na Delegacia Regional do Trabalho no Paraná (DRT/PR) já passaram de 23 mil. No entanto, neste ano, a quantidade de CTPS enviadas pelos Correios à DRT foi menor que no mesmo período do ano passado: 482, contra 917 carteiras em 2005. Essas CTPS encontram-se no depósito da Delegacia, que funciona desde 1994.

Para a supervisora da Seção de Emprego e Salário (SES), Isaura Meurer, o número é grande porque muitos trabalhadores não sabem que podem procurar sua CTPS perdida no depósito da DRT. ?Neste ano, só foram retiradas 56 CTPS? diz. Em 2005, até o começo de agosto, 67 pessoas resgataram suas carteiras. Desde que o novo modelo de carteira foi criado, em 1997, a DRT possui 10.282 CTPS que os donos não vieram buscar.

Para ela, ?o trabalhador precisa ter mais cuidado com a sua carteira de trabalho, afinal ela consta o histórico profissional de cada um. Sem contar que com o documento, o trabalhador pode receber seus benefícios, como PIS, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, entre outros?, acrescenta ela. Quando o trabalhador, por descuido, perde ou não vai buscar sua CTPS, ele acaba gerando um trabalho e um gasto desnecessário.

Para saber se a sua CTPS está ou não na DRT, basta ligar para 3219-7710 ou 3219-7730. O trabalhador pode comparecer na DRT, na Rua José Loureiro, 574, Centro, com um documento com foto e retirar sua CTPS. Caso a carteira não esteja na DRT, o trabalhador deverá fazer a segunda via do documento, levando um boletim de ocorrência, informando o que aconteceu com o antigo documento, uma foto 3×4, carteira de identidade (RG) ou certidão de nascimento. Caso a pessoa seja casada e não constar no RG a condição civil, é necessário trazer a certidão de casamento, comprovante de residência e extrato do PIS.

Histórico

A Carteira de Trabalho foi instituída pelo Decreto n.º 21.175 de 21 de março de 1932, pelo então presidente Getúlio Vargas e tornou-se um dos únicos documentos a reproduzir a vida profissional do trabalhador. Após 37 anos, o modelo foi substituído pela Carteira de Trabalho e Previdência Social e em 1997 ocorreu a implantação do modelo informatizado da CTPS. Neste sentido, várias mudanças aconteceram nos itens de segurança que preservaram o conteúdo do documento, dificultando assim as fraudes.

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