Os investidores que compraram papéis da Petrobras nos Estados Unidos têm até hoje, 6, para aderir a uma das ações coletivas abertas na Corte de Nova York para investigar as denúncias de corrupção na empresa. Advogados ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, afirmam que já houve “centenas” de adesões, mas independente do número de pessoas e instituições que formalmente fizerem parte dos processos, as ações coletivas cobrem todos os investidores que aplicaram na Petrobras entre 2010 e o ano passado.

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Terminado o prazo para as adesões, o juiz da Corte de Nova York, a mesma em que correu o processo e os julgamentos dos credores dos EUA contra a Argentina, vai analisar se aceita a ação coletiva e determinar quem será o investidor líder do processo. Normalmente o líder é o que tem mais ações e, consequentemente, teve o maior prejuízo.

Em busca de grandes investidores em papéis da Petrobras, escritórios dos EUA como o Brower Piven, o Kahn Swick & Foti e o Faruqi & Faruqi divulgaram comunicados informando que procuram aplicadores com perdas acima de US$ 100 mil para entrar na ação. O advogado André de Almeida, do escritório Almeida Advogados, coautor ao lado do escritório americano Wolf Popper de uma das ações coletivas contra a Petrobrás, fala que já houve “centenas” de adesões.

O advogado do escritório The Rosen Law Firm, Phillip Kim, autor de outra ação coletiva, afirma que os telefones do escritório “não pararam de tocar” e fala em adesão de investidores não só dos EUA, mas também da Europa, Ásia e Brasil. O Broadcast procurou outros escritórios, que falam que o interesse foi alto, mas preferem não citar números.

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Quem aderir ao processo consegue acompanhar o desenrolar do caso mais de perto. Um número maior de adesões, principalmente de investidores de longo prazo, pode encorajar o juiz a avaliar o caso com mais cuidado. Mas, independente do número, todos os que aplicaram em American Depositary Receipts (ADRs), que são recibos de ações, da Petrobras negociados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) terão direito à indenização.

Almeida disse que a ação aberta pelo Wolf Popper demonstra que os papéis da Petrobras caíram 48% entre 2010 e novembro do ano passado. “O juiz vai atribuir o que dessa queda se deve à má gestão da companhia, a não seguir boas práticas de governança corporativa” disse Almeida. O mais comum para estes casos é que a Petrobras chegue a um acordo com a Justiça dos EUA.

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Na reta final para a adesão, o TheGrantLawFirm afirmou que vai incluir a auditoria PricewaterhouseCoopers como ré nas ações coletivas, de acordo com o advogado do escritório, Jorge Amador. A Price “repetidas vezes emitiu opiniões de auditorias qualificadas” sobre os resultados financeiros da Petrobras disse ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.