O professor doutor Celso Martone, da Universidade de São Paulo (USP), vê como cenário mais provável para o primeiro ano do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff uma política econômica com ajustes pontuais, mas sem mudanças nos problemas intrínsecos da economia. “Esse cenário consiste em concessões pontuais à ortodoxia em 2015, com aparente autonomia do Banco Central, um programa de ajuste fiscal – e com uma volta da CPMF não descartada – e uma depreciação cambial controlada, mas todo o mais continua o mesmo, com protecionismo e isolacionismo”, disse, em debate promovido pela Ordem dos Economistas.
Um dos outros dois cenários traçados como possíveis para o próximo ano envolve uma política econômica ortodoxa, ou seja, com a volta do tripé econômico e a promoção de políticas horizontais, sem subsídios dados de modo “arbitrário”. O último cenário seria de continuidade, com ampliação dos controles de preços, expansão fiscal por meio de políticas anticíclicas, aumento do crédito pelos bancos estatais e elevação do protecionismo, inibindo o investimento externo.