Cenário externo ?salva? a economia

São Paulo (AE) – O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse ontem que a economia brasileira ainda não sentiu os efeitos da crise política porque o Brasil vai bem ?graças a seu potencial, às dimensões continentais e ao crescimento mundial, que alavanca as exportações?, afirmou o empresário. Para Skaf, o cenário político atual causa insegurança, o que leva o setor privado a postergar investimentos. ?Só não estamos em uma situação de maior dificuldade porque o mundo não está em crise?, afirmou.

Segundo Skaf, a fala de domingo do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, foi serena e esclarecedora, colocando-se à disposição da imprensa, do Congresso e do Ministério Público no momento em que for necessário.

?Houve denúncias contra o ministro, mas houve também a atitude correta de vir a público rapidamente para prestar esclarecimento?, afirmou o empresário. Para Skaf, é necessário que os homens públicos venham a público esclarecer as dúvidas quando existem acusações. Ele considera que o presidente Lula deveria fazer um novo pronunciamento à nação. ?É importante a sociedade ouvir o chefe da nação, com afirmações firmes, responsáveis e enfáticas?, ressaltou. Skaf elogiou o fato de o ministro ter reforçado as instituições e a economia acima da pessoa dele.

Sobre a agenda mínima elaborada pelos empresários e apresentada há duas semanas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Skaf disse que é cedo ainda para se colher algum resultado. ?Se as coisas andassem assim tão rápido, teríamos apresentado uma agenda máxima, não mínima?, comentou o empresário. Para ele, o cenário político é, de fato, imprevisível. Ainda assim, Skaf acredita que até o fim do ano alguns pontos da agenda mínima devem andar, sobretudo na área das parcerias público-privadas e dos investimentos em infra-estrutura.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo