O cenário de juros mais baixos direcionou os investidores para produtos de maior risco, e a captação líquida nos fundos de ações chegou em R$ 23,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, destaque entre todas as categorias, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Os fundos de ações no primeiro semestre deste ano atingiram na primeira metade deste ano uma participação de 7,3% no total, a maior da série. No ano passado, a fatia era de 6,6%. A fatia dos fundos de renda fixa caiu um pouco, mas ainda é a mais representativa no estoque, com 42,7%, ante 44,1% no mesmo intervalo do ano passado.
Retomada
O mercado ainda aguarda uma maior visibilidade em relação à retomada da economia brasileira, cenário que pode ficar mais claro após os desdobramentos de reformas, disse, em teleconferência, o vice-presidente da Anbima, Carlos André. Segundo ele, hoje o mercado já tem clareza em relação ao andamento da inflação e da trajetória de juros.
De qualquer forma, comenta, a tendência é positiva para o segundo semestre do ano, com manutenção da captação líquida observada na primeira metade deste ano.