O Banco Central (BC) voltou a indicar nesta quinta-feira, 26, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que “a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo (monetário)”. Em outras palavras, a sinalização é de que cortes adicionais da Selic (a taxa básica de juros) devem ocorrer.
Na semana passada, em sua decisão de política monetária, o Copom reduziu a Selic de 6,00% para 5,50% ao ano. Foi o segundo corte consecutivo de meio ponto porcentual no atual ciclo de baixa da taxa básica, após 16 meses de estabilidade.
Na ata do encontro, divulgada na terça-feira, e no RTI desta quinta, o BC também repetiu uma ideia contida no comunicado da semana passada: a de que “a evolução do cenário básico e do balanço de riscos prescreve ajuste no grau de estímulo monetário, com redução da taxa Selic em 0,50 ponto porcentual”.
Ao mesmo tempo, o BC enfatizou que, apesar da avaliação de que a taxa poderá cair ainda mais, “os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”. Na prática, o recado é de que o Copom tomará sua decisão sobre juros apenas no momento da próxima reunião, marcada para o fim de outubro.