A cena externa cautelosa ajuda a impedir alta do Ibovespa no início desta semana, diante de novos sinais de desaquecimento da economia mundial após dados fracos da zona do euro e de incertezas em relação às negociações comerciais EUA-China. As principais commodities reagem em que queda.

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Às 10h58, o Ibovespa tinha declínio de 0,45%, aos pontos 104.340,59 pontos.

O minério cedeu quase 1,7% na China depois de várias altas, enquanto o petróleo recua refletindo ainda notícias de que a Arábia Saudita irá restaurar até o começo da próxima semana 100% de sua produção, que perdeu após os ataques com drones em instalações locais no último dia 14.

Mais cedo, foi informado o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que caiu de 51,9 em agosto para 50,4 em setembro. O indicador ficou no menor nível desde junho de 2013, e bem próximo da marca de 50, que sugere estagnação.

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O número é divulgado na semana em que tendem a se intensificar as discussões sobre a guerra comercial sino-amerciana, à medida que se aproxima a data aguardada para o encontro entre o alto escalão das duas partes, em outubro.

Na seara corporativa, há notícias que podem tanto beneficiar quanto atrapalhar a Bolsa. Dentre o noticiário, o que envolve a cessão onerosa da Petrobras é um deles. Conforme o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), o colegiado deverá votar amanhã, 24, a proposta que divide os recursos do megaleilão do petróleo com Estados e municípios. A equipe econômica espera realizar em novembro um megaleilão para a exploração dos excedentes das áreas da chamada cessão onerosa.

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Além, disso, a Petrobras celebrou Contrato de Cessão de Direitos Creditórios, permitindo a antecipação de cerca de R$ 8,4 bilhões dos recebíveis da Eletrobras reconhecidos nos Instrumentos de Assunção de Dívidas (IADs). Montante refere-se à integralidade das dívidas confessadas em 2014 pelo Sistema Eletrobras, com vencimento original até janeiro de 2025.

O investidor ainda fica na expectativa de corte da Selic deve esta semana. O mercado continuará buscando sinais dos próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom), observa nota do Bradesco. Teremos as divulgações da ata (terça) e do Relatório de Inflação (quinta), além do IPCA-15 deste mês, amanhã. No exterior, destaque para os dados de EUA, que devem mostrar que a economia segue relativamente mais aquecida do que a dos demais países.

Na sexta, o Ibovespa fechou com valorização de 0,46%, aos 104.817,40 pontos, fechando a semana com a quarta elevação consecutiva.