A Caixa Econômica Federal conseguiu retomar a realização dos pregões para contratação de serviços lotéricos. Dois dos quatro pregões – que haviam sido suspensos pelo TCU (Tribunal de Contas da União) – receberam autorização para serem realizados. Hoje, por exemplo, ocorre o pregão para compra de volantes utilizados nos jogos de loterias e das bobinas usadas na impressão. O último pregão, de aquisição e manutenção de 25 mil equipamentos, está marcado para o dia 28.
O preço estimado desse pregão de bobinas é de R$ 209 milhões, para um contrato de 36 meses.
Em nota, a Caixa informa que ao terminar esse processo ?passa a ter condições de assumir a inteligência e a efetiva gestão do negócio loterias, deixando de ser dependente de um único fornecedor?.
Antes, todos os serviços lotéricos eram prestados pela GTech, que ficou de fora dos pregões.
A disputa
A GTech vinha brigando na Justiça havia anos para impedir a Caixa de fatiar a operação das loterias e assumir a inteligência do processo. Em 2003, impedida pela Justiça de fazer as licitações, a Caixa renovou o contrato com a GTech por 25 meses.
Denúncias de tráfico de influência na ocasião da renovação do contrato da Caixa com a GTech resultaram na queda do ex-assessor do Planalto Waldomiro Diniz, 2004.
Em agosto, o STJ liberou a Caixa para licitar os serviços. A licitação de ontem refere-se à segunda fatia mais importante e cara do novo modelo de operação das loterias.