O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, afirmou nesta quarta-feira, 17, que o anúncio da ampliação do programa Minha Casa Minha Vida, em mais 350 mil unidades a partir de janeiro de 2015, garantirá a continuidade dos investimentos e a manutenção dos empregos. O anúncio foi feito hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, após reunião de mais de duas horas com o setor.

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Martins explicou que os parâmetros para execução do programa serão definidos por meio de um grupo de trabalho entre governo e representantes do setor da construção civil. Além da ampliação do programa, o setor pediu a criação de uma faixa intermediária, para famílias com renda mensal entre R$ 1,3 mil e R$ 2,25 mil, que seria contemplada com mais subsídios. Martins disse que essa solicitação será discutida no grupo, porque tem impacto fiscal.

O presidente da CBIC informou ainda que as reuniões devem ocorrer a partir da próxima semana, para que as regras legais sejam fixadas até o fim do ano. “Nossa preocupação era como seria o primeiro semestre de 2015. Agora, teremos a continuidade do programa com as mesmas regras atuais e não teremos uma situação de descontinuidade. Posso comprar terreno sabendo que os projetos serão os mesmos”, disse.

A contrapartida do setor é a geração de empregos. “O que iria acontecer se não houvesse a ampliação do programa? Teria que demitir minha equipe. Não posso esperar 10 meses para definir a transição”, afirmou. “Hoje, devemos ter quase 500 mil empregos diretos no Minha Casa Minha Vida. No mínimo, estou mantendo um contingente de 500 mil”, disse.

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As contratações para as 350 mil novas unidades poderão ocorrer a partir de janeiro de 2015. O setor ainda tem 200 mil unidades para atingir a meta de 2,750 milhões da segunda fase do programa. Martins disse que não foi feita a conta do tamanho dos investimentos que serão realizados com a ampliação. Segundo ele, essas 350 mil novas unidades devem fazer parte de um universo de 3 milhões de moradias para a terceira fase do programa, caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita.

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O presidente da CBIC informou que também foi solicitado ao governo que se discuta um novo modelo de concessões que permita a participação de médias empresas. “Queremos um formato em que mais gente possa participar das licitações”, disse.