Cautela faz juro futuro voltar a subir

O mercado de juros iniciou o pregão mostrando cautela, atento ao comportamento do cenário externo. A melhora ensaiada pelo mercado no pregão eletrônico por causa da notícia divulgada no final da tarde de ontem sobre o upgrade da Moody´s para a dívida soberana não se sustentou. Operadores dizem que, por ser amplamente aguardada e representar apenas um alinhamento em relação às demais agências, a elevação na nota do Brasil apenas gera oportunidade de realização de lucros.

Além disso, os índices futuros das bolsas operam sem muita convicção, aguardando os dados de vendas de imóveis residenciais novos em julho, que devem sair às 11 horas. Há pouco, o indicador de venda de bens duráveis em julho surpreendeu positivamente, mostrando uma alta de 5,9% ante o mês anterior. Essa performance mostra que a maior economia do mundo estava indo bem, antes da recente turbulência que afetou os mercados financeiros. Mas o dado deve ser visto com reservas: além de tratar-se de um indicador volátil, sujeito a revisões, operadores destacam que o número vai na contramão da expectativa de que o Fed venha a reduzir os juros – o que determinou o alívio nos mercados nos últimos dias.

Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) continuam, por fim sofrendo o efeito do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de agosto, divulgado ontem, que mostrou uma inflação mais alta e disseminada do que o esperado. O IPCA-15 subiu 0,42% ante aumento de 0,24% em julho, um balde de água fria nos que ainda sustentavam apostas otimistas para as próximas decisões sobre a taxa de juros.

Às 10h16, o contrato de DI para vencimento em janeiro de 2010, tradicionalmente o mais negociado, tinha taxa de 12,10% ao ano, ante 12,03% no fechamento de ontem. O DI de janeiro de 2009 projetava taxa de 11,80% ao ano, contra 11,77% na véspera, na Bolsa de Mercadorias & Futuros.

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