NO PAÍS

Caterpillar investirá R$ 350 milhões até o meio de 2012

O presidente da Caterpillar Brasil, Luiz Calil, anunciou nesta quinta-feira (12) que o grupo internacional investirá R$ 350 milhões, ou US$ 200 milhões, no Brasil até o fim do primeiro semestre de 2012. “Até este momento já investimos 40% deste valor. Daqui para frente investiremos 60%, concluindo o total até metade do ano que vem”, disse. A companhia também anunciou que produzirá no País grupos geradores e sistemas de propulsão diesel-elétricos para atender clientes dos setores marítimos e de petróleo, um investimento feito de olho especialmente nos negócios que serão criados com a exploração do pré-sal.

A fabricação da série de última geração 3500C, que pode ser usada em navios, plataformas e unidades flutuantes FPSOs, será iniciada no terceiro trimestre deste ano na unidade da Caterpillar em Piracicaba (SP). Hoje existem mil motores deste tipo no Brasil, todos importados da fábrica da empresa de Lafayette, em Indiana (Estados Unidos).

“Teremos condições de entregar a partir de outubro”, disse Calil. “É a primeira vez que estes motores serão fabricados fora dos Estados Unidos”. O índice de nacionalização ficará acima de 60%, certificado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Calil afirma que não existe produção de modelos equivalentes no mercado brasileiro com índice de nacionalização semelhante.

O vice-presidente mundial de petróleo e setor naval da Caterpillar, Richard Case, que veio ao Brasil para o anúncio, afirmou que inicialmente a produção será inteiramente destinada ao mercado nacional, não sendo descartada no futuro a exportação. “A frota brasileira (por conta das encomendas da Petrobras) será duas vezes maior nos próximos cinco anos, a demanda é muito grande”, disse. “Estamos investindo mais e mais no Brasil à medida que o mercado do País cresce”.

O investimento de R$ 350 milhões inclui uma aquisição recente que a companhia fez em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), para produção de retroescavadeiras e carregadoras de roda. Calil também afirmou que está negociando com oito a dez fornecedores estrangeiros interessados em investir no Brasil e que espera que as conversas com entre três e quatro deles de fato se concretizem em negócios.

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