O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, reafirmou, em seu discurso de posse, que a companhia continuará praticando o preço dos combustíveis em paridade com o mercado internacional e que é preciso dar um “sonoro não para os subsídios”. Ele afirmou esperar que outros players entrem no segmento de refino para reduzir o monopólio da Petrobras. “A solidão na indústria do refino nos incomoda; gostaríamos de ter outros players competindo”, destacou.
O executivo afirmou que a redução do custo do capital será prioridade e que, principalmente diante do atual recuo do preço do petróleo, será preciso reduzir custos na companhia, mas não deu detalhes. O desinvestimento de ativos terá prosseguimento e a nova gestão será “uma perseguidora implacável de desperdícios”.
“A Petrobras é dominante na cadeia produtiva, desde a produção até a comercialização. Essa situação não é boa para companhia e nem para economia (do Brasil), por ser muito confortável. É preciso promover mudanças regulatórias e vender ativos”, declarou.
Ele afirmou que pretende atrair o setor privado para ativos da estatal e que os recursos obtidos serão usados prioritariamente para abater dívidas e investir em ativos em que a Petrobras tenha retorno. “Nossos projetos de investimento devem competir pelo capital, serão alocados nos mais meritórios, não apenas por serem estratégicos ou gerarem empregos”, explicou.
Em seu discurso, lembrou ainda da necessidade de modernização da empresa para se equiparar às grandes petroleiras mundiais. “É fundamental a transformação digital e emprego da inteligência artificial para reduzir custos e aumentar produtividade”, disse Castello Branco.