O presidente Barack Obama propôs nesta terça-feira um Orçamento de US$ 3,9 trilhões, com a implementação de novos impostos para empresas e para os mais ricos, além de várias iniciativas de gastos para melhorar a educação, pesquisa e programas para trabalhadores de baixa renda.

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Segundo a Casa Branca, o orçamento vai produzir um déficit de US$ 564 bilhões no ano que será encerrado em 30 de setembro de 2015, nível que representa 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB). O projeto prevê que o déficit vai continuar a cair até 2018, quando será de 1,9% do PIB, graças principalmente à expectativa de aumento na arrecadação.

A previsão é que o Orçamento de Obama reduza o déficit em cerca de US$ 3 trilhões em dez anos, quando comparado com a estimativa do Congresso para a manutenção das atuais políticas públicas. Essa economia virá do aumento de impostos e do crescimento econômico e não do corte de gastos.

Embora o déficit deva continua a diminuir, como tem acontecido nos últimos anos após a crise financeira, desafios fiscais ainda persistem. A Casa Branca estima, por exemplo, que os juros que o governo paga por sua dívida vão mais do que triplicar nos próximos dez anos, de US$ 251 bilhões em 2015 para US$ 886 bilhões em 2024, com o aumento das taxas de juros e o crescimento da dívida. O documento também prevê que a taxa de desemprego, atualmente em 6,6%, não vai cair para abaixo dos 6% em média até 2017, o que indica uma difícil recuperação do mercado de trabalho.

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Muitas das propostas devem ser recebidas com frieza no Capitólio, onde republicanos e democratas se preparam para as eleições de meio de mandato que podem alterar o equilíbrio no Legislativo.

O orçamento de US$ 3,9 trilhões para o ano que começa em 1º de outubro será cerca de US$ 350 bilhões maior do que o governo federal projeta gastar neste ano fiscal. O aumento vem quase inteiramente de partes do orçamento que não são estabelecidas pelo Congresso como US$ 44 bilhões em pagamentos adicionais para seguridade social e US$ 40 bilhões para os programas Medicare e Medicaid. Fonte: Dow Jones Newswires.

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