Casa Branca pode nomear Brainard para o Fed

A subsecretária do Tesouro, Lael Brainard, está deixando o cargo nesta sexta-feira após mais de três anos na função, quando liderou discussões tensas com funcionários europeus e chineses sobre crise da dívida, taxas de câmbio e outros assuntos internacionais.

A saída de Brainard do governo pode não durar muito, porque a Casa Branca estaria considerando nomeá-la para o conselho do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). De acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, o Fed deve passar por uma reformulação após a nomeação de Janet Yellen para presidir o banco central norte-americano.

Em uma entrevista na semana passada, Brainard não quis comentar sobre os seus planos imediatos após deixar o Tesouro ou sobre a possibilidade de ingressar no conselho do Fed. Mas a sua nomeação não seria surpresa para alguns, dado os seus laços estreitos com a Casa Branca e o fato de que ela e Yellen terem trabalhado juntas durante a administração de Bill Clinton.

“Caso Brainard entre para o Conselho do Fed, ela trará um conjunto muito forte de contatos internacionais com bancos centrais e ministérios das finanças”, disse Michael Green , um alto funcionário de segurança nacional do presidente George W. Bush e vice-presidente sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.

Nas reuniões internacionais, Brainard convenceu outros países a adotarem algumas normas bancárias supervisionadas pelo Fed. Seus pontos de vista sobre a abordagem do Fed para a política monetária não são tão conhecidos, embora ela e a Casa Branca geralmente tenham apoiado os esforços do Fed para impulsionar o crescimento econômico.

No início de 2013, Brainard disse que as políticas monetária e fiscal “acomodatícias” podem ter efeitos “esmagadoramente positivos” quando projetadas para impulsionar os gastos e os investimentos.

Se a nomeação de Brainard for confirmada, a sua experiência internacional também pode ajudar Yellen a dividir responsabilidades. Embora Yellen tenha um contato constante com os bancos centrais estrangeiros, ela iria contar com outros funcionários para acompanhar a evolução dos mercados e identificar potenciais pontos de preocupação. Fonte: Dow Jones Newswires.

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